domingo, 19 de julho de 2009

MALDITA LEI 13.541 - ANTIFUMO


Qdo começou a falação sobre a lei 13.541, meus filhos, começaram a fazer perguntas do tipo: por que vc fuma? vc não sabe q mata? O q poderia Luciana responder? Sei sim e quero morrer...ou Não, sou burra e não sabia...Puisbem eles acharam que a lei se aplicaria à toda Galáxia, e não somente aos bares, e ficaram estupidamente felizes porque, a mãe deles, como moradora da via láctea também teria que parar de fumar. Após muita reflexão, lembrei de alguns epísódios, como: o dia q fumei um cigarro na rua Augusta ( do lado de fora do barzinho bacana onde aconteceu um dos clubes do livro) e me senti uma puta fazendo ponto, fora que, qdo vc sai da mesa onde tá todo mundo reunido, dando risada, e vai lá pro vento ( q dispersa a maldita fumaça) vc deixa de ter aquele bizarro prazer que é fumar na rodinha de amigas tagarelantes. Sim è bão demais fumar um cigarro na mesa do buteco. É RUIM DEMAIS FUMAR CIGARRO NA BEIRA DA RUA SOZINHA.
Comecei a portar (com orgulho) o título de fumante um pouco tarde, aos 20. 3 anos antes já tinha contato quase diário com a questão inalar e baforar fumaça, mas eram outros os temas. No ano de 1994 veio parar nas mãos da galera o GUDANG GARAM, já tinha tentado tragar cigarros comuns, mas achava uma merda, agora o Gudanzinho era outra coisa...cheirinho bão, gostinho docinho...ui. Enfim, virada para 1995, fomos de férias para a Itanhaém e, lá o Gudang custava uma fortuna (pro bolso de vestibulanda) e só vendia em 1 lugar q era longe pra burro. Meu irmão e meu primo Mingaul, já eram fumantes ativos de L&M - provei e achei uma merda, mas o Rudy teve uma idéia surpreendente - me deu um Marlborinho Vermelho pra testar. Pela Mordedeos o treco foi imediato. Fumei, gostei e virei fumante. No meu primeiro ano de faculdade - que começou 1 mês depois, já saía pra fumar na porta como qualquer um que fumasse desde os 13.
Daí fumei profissionalmente até descobrir que estava grávida do João Marcello, em fevereiro de 1999, parei na hora q vi o exame (ops, 1 cigarro depois da hora) jurando q estava em pausa q e voltaria qdo pudesse. Foi foda ! Jurei e cumpri. 1 ano e meio depois voltei feliz da Silva pro vermelhinho estoura-peito. Vida normal recuperada até 2002 qdo vem o teste de gravidez da Malu, toca Luciana a pausar de novo. Foda de novo, disse pro médico q ficava uma louca histérica sem cigarro e ele disse, ah..então para gradativamente, escolhe um mais fraco e vai parando, porque a descarga emocional pro bebê é pior. Ok, comprei um free one, fumei 1 só, achei uma merda e usei o velho método desgracento de simplesmente não fumar apesar da vontade insana. (Acho inclusive q é o único q funciona). Mais animeio de tormenta não-fumante e voltei. É incrível como voltar é diferente de parar, cada vez q voltei, voltei como se nunca tivesse parado, e cada vez q parei foi como se nunca pudesse tê-lo feito.





O número básico dessa relação foi 1 maço por dia, ou 20 cigarros de 7 minutos. (Há informação suficiente disponível para fazer a conta de qtos minutos respirando fumaça, qtos cigarros fumados, qtos maços comprados, qtos reais gastos) Mas, sou afim de não fazer. Se fizeres não me conte.




O fato que compartilho com carinho e sem orgulho é: Aproveito dia 7 de agosto para parar de fumar. Aproveito porque assim tenho tempo pra me despedir lentamente, coisa q nunca pude fazer. Aproveito pq vai ser um saco ficar caçando bar fumante-free pra ir se for. Aproveito pq odilho cheiro de cigarro na roupa e no cabelo. Aproveito pq não tenho resposta decente pras perguntas dos meus filhos. Pros adultos respondo q confio nos engenheiros que vão inventar pulmões de plástico para substituirem os meus antes q eu morra!

Um comentário:

  1. Mto bom seu post.
    Fico feliz q vc pare de fumar. Eu tbm odiava ver meu pai fumando, até q ele teve pneumonia e parou pra sempre.

    Ja coloquei seu blog no meu!

    Bjs Lu

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